Hoje, a Serpentine Gallery anunciou a equipe que irá projetar a décima segunda edição do Serpentine Gallery Pavilion, uma edição especial que fará parte do London 2012 Festival, o ápice da Olimpíada Cultural.
Todos os anos, a galeria convida a renomados arquitetos internacionais que não tenham ainda construído no Reino Unido, para projetar um pavilhão temporário onde se realizam atividades públicas no gramado da galeria,localizado no Hyde Park de Londres, entre Junho e Outubro de 2012. A lista de arquitetos para as edições passadas inclui vários laureados dos prêmios Pritzker.
Esse ano a equipe será conformada pelos vencedores do Pritzker, os arquitetos suíços Herzog & de Meuron, e o artista chinês Ai Weiwei (um dos Runners-Up segundo a TIME Person of the Year 2011). O trio trabalhou junto em projetos como ORDOS 100 no deserto da Mongólia e no Estádio Nacional de Pequim para os Jogos Olímpicos de 2008.
Seu projeto explorará a história oculta das instalações anteriores, com onze colunas sob o gramado da Serpentine, representando os pavilhões do passado e uma décima segunda coluna de apoio de uma plataforma elevada de 1,5 metros do nível do solo. Utilizando uma abordagem arqueológica, os arquitetos criaram um design que inspirará os visitantes a visualizar abaixo da superfície do parque, e também a voltar no tempo através dos fantasmas das estruturas anteriores.
Julia Peyton-Jones, diretora, e Hans Ulrich Obrist, Co-Diretor, da Serpentine Gallery, disseram: “É uma grande honra trabalhar com Herzog & de Meuron e Weiwei Ai. Estamos muito felizes que a nossa comissão anual vai trazer essa colaboração arquitetônica única na Europa para marcar a continuidade entre Beijing 2008 e os Jogos de Londres 2012. ”
Descrevendo o conceito do projeto Herzog & de Meuron e Ai Weiwei comentaram:
“Todos os anos desde 2000, um arquiteto diferente tem sido responsável pela criação do Pavilhão de verão da Serpentine Gallery em Kensington Gardens. Foram onze pavilhões até o momento, nossa contribuição será a décima segunda. Tantos Pavilhões de diferentes formas e utilizando tantos materiais diferentes foram concebidos e construídos que procuramos instintivamente para contornar o inevitável problema de criar um objeto ou uma forma concreta.
“Nosso caminho para uma solução alternativa consiste em cavar cerca de cinco pés abaixo do nível do parque até chegar ao lençol freático. Vamos cavar um tipo de poço, para recolher toda a água da chuva que cai em Londres na área do Pavilhão. Dessa forma podemos incorporar um aspecto de outra forma invisível da realidade do parque – a água sob o solo – no nosso Pavilhão. À medida que escavamos nos deparamos com uma diversidade de realidades construídas, tais como cabos de telefone e fundações antigas. Quase como uma equipe de arqueólogos, identificamos esses fragmentos físicos como restos dos onze pavilhões construídos entre 2000 e 2011. Suas formas variadas: circulares, longas e estreitas,de distintos tamanhos, grandes vazios construídos que foram preenchidos. Estes restos testemunham a existência dos Pavilhões antigos e sua maior ou menor intervenção no ambiente natural do parque.
“Todas essas fundações serão agora descobertas e reconstruídas. As antigas fundações formam um emaranhado de linhas retorcidas, como um padrão de costura. Uma paisagem diferente emerge das estruturas reconstruídas que é diferente de qualquer coisa que poderia ter sido inventada; sua forma é realmente um presente inesperado para nós. A realidade tridimensional da paisagem é surpreendente e é também o lugar perfeito para sentar-se, deitar-se ou apenas contemplar e surpreender-se. Em outras palavras, o ambiente ideal para continuar a fazer o que os visitantes têm vindo fazer nos Pavilhões Serpentine Gallery, nos últimos onze anos -. E uma descoberta para os novíssimos visitantes previstos para o Jogos Olímpicos de Londres 2012 “
Sobre as fundações de cada Pavilhão, será construída uma nova estrutura (apoios, paredes) como elementos de suporte para a cobertura de nosso Pavilhão – onze suportes ao todo, mais a nossa própria coluna. A cobertura se assemelha ao de um sítio arqueológico. Ela flutua cerca de cinco metros acima da grama do parque, de modo que todos os visitantes podem ver a água sobre ela, sua superfície refletindo as infinitas variedades de céus que cobrem Londres. Para eventos especiais, a água pode ser drenada para fora da cobertura, como uma banheira, que flui de volta para o posso de água, o ponto mais profundo na paisagem do Pavilhão. A cobertura seca pode então ser usada como uma pista de dança ou simplesmente como uma plataforma suspensa acima do parque.
Não há imagens do projeto ainda. Vamos mantê-los atualizados.